quinta-feira, 25 de novembro de 2010

NOS REGISTROS





 Já tinha passado da idade em que seu pai morrera, num acidente de carro.
     Sempre costumava olhar nos registros da autópsia e nos processos. Mesmo sendo um álcoolotra não tinha nenhum teor de álcool no sangue e a culpa fora do outro motorista.
     Sentia saudades de alguém que não conhecia mais, só lembrava de alguns detalhes e risos de crianças.
     Deixava sempre um marejado de lágrimas nos olhos.
     O destino já estava traçado ou ele pensara em alguma coisa no momento final ? Já que era considerado um fardo familiar.
     Nunca saberia...

Um comentário: